Como anda os seus sentimentos e a sua relação com a comida?
A comida é o primeiro vínculo que nos une a nossos cuidadores, que
geralmente são os pais. É nesse relacionamento se estabelecem o apego e
se inicia a aprendizagem do mundo. São os pais que ensinam, por meio do
próprio comportamento e dos cuidados dispensados na infância, como a
criança se relaciona consigo mesma, com os outros e também com a comida.
Às vezes, eles premiam os filhos com sobremesas e porções maiores, ou
os castigam privando-os do que mais gostam, ou ainda os mandam para cama
sem comer. É assim que aprendemos que a comida tem uma função que vai
além de matar a fome ou encher o estômago – ela também satisfaz os
sentimentos.
Muitos pais sentem-se desconfortáveis ao falar de emoções e pensam
que é necessário ser prático e racional. No entanto, as emoções
funcionam como mensageiras e fornecem informações sobre nosso mundo
interior e as histórias que criamos através dos pensamentos. Algumas
pessoas aprenderam a sufocar suas emoções e as reprimem a todo custo
porque não sabem o que fazer com elas.
Outras carecem de um filtro e de
limites, falando e agindo sem pensar, e depois sentindo-se culpadas e
envergonhadas. Dessa forma, ingerir comida torna-se uma forma consciente
ou inconsciente de lidar com as emoções e, temporariamente, de sentir
algum bem-estar.
O problema é que as emoções não são solucionadas e
ainda é preciso enfrentar situações como quilos a mais ou problemas de
saúde devido ao abuso de alimentos que não são saudáveis. Se você é uma
pessoa que “come o que sente”, é preciso buscar novas maneiras de lidar
com as emoções:
• Tome consciência de seu comportamento e escolha falar com uma
pessoa em quem confie. Aceite a emoção que está emergindo, escute sua
mensagem e busque opções e soluções. Não preencha vazios emocionais com
comida quando se sente triste ou ansiosa, solitária ou assustada.
Procure canalizar sua frustração, aborrecimento ou solidão de uma forma
construtiva e efetiva. Você verá os bons resultados obtidos tanto por
dentro como por fora, sentindo-se mais confiante e tranquila.
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